“CRISE”
AUMENTA PROSTITUIÇÃO EM LUANDA
VENDEDORAS DE SEXO, EM
LUANDA, JUSTIFICAM A INCLINAÇÃO CRESCENTE À PRÁTICA DA PROSTITUIÇÃO COM AS
DIFICULDADES ECONÓMICAS CAUSADAS PELO ACTUAL ESTADO ECONÓMICO E FINANCEIRO.
NOVO JORNAL 1
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Falando para ao nosso jornal,
muitas afirmam que nunca sonharam ou pensaram em ser “prostitutas”, mas as
dificuldades extremas que enfrentam, a falta de um pão, de almoço, de um jantar
para dar aos filhos e não só, as obriga a venderem os seus próprios corpos. “ Muitas
de nós, antes éramos empregadas domesticas, secretárias, etc, que através desta
crise, fomos despedidas e não vimos outra solução se não esta”. Gestores de
algumas casas de prostituição em Luanda dizem que “nunca tivemos tantas jovens
a empregar como agora”.
O jurista, Feliciano Kombi, diz que Angola
ainda não tem nenhuma lei específica sobre a prostituição, o que considera como
um grande impedimento na precaução de alguns excessos que a prostituição atenta
ao pudor e à moralidade social.
Pedro Kapendu, sociólogo, afirma
que “ o actual estado económico e financeiro não pode ser transformado em
“boi-expiatório” para nos inclinarmos a determinadas práticas que atentam aos
valores norteadores da nossa sociedade e Nação”. “ Todos nós, cidadãos, não nos
devemos deixar vencer pelas dificuldades, mas procurar formas e mecanismos de
contrapor com dignidade e respeito ao nosso ego-moral ”.
As zonas mais críticas de práticas de prostituição, em Luanda, são: Ilha,
Largo da Mutamba, Nova Marginal, Lotes (Prenda), Vila Estoril (Golfe 2), Mártires
(entradas das ruas 1, 12 e 13), Hoje Ya Henda (junto ao Plazza), Talatona (imediações
do Belas) Viana (junto à Casa da Juventude, Grafanil Bar), etc.
PÁGINA: SOCIEDADE
REPORTAGEM
DE JOSÉ ERASMO DE ALMEIDA